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Photo by Renata Brant: https://www.pexels.com/photo/yellow-and-green-banana-fruits-2119314/

Preço: a essência das trocas e o surgimento da moeda

Iniciamos aqui uma série especial dedicada a descomplicar os fundamentos da economia e das finanças, essenciais para entender como o mercado e a macroeconomia funcionam. Nesta primeira postagem, compartilho a transcrição do episódio “Preço” do podcast Schivas Cast, publicado em 26 de dezembro de 2024. No episódio, exploramos como o conceito de preço serve como base para todas as trocas voluntárias e como sua evolução nos conduziu ao surgimento das moedas.

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O preço é a base de todas as trocas voluntárias que existem entre as pessoas. Por exemplo, o João tem uma galinha e pode vender ovos. O Pedro tem uma vaca, então ele pode vender leite e queijo.

Para que essas trocas aconteçam, é necessário estabelecer uma proporção de valor: quantos ovos são necessários para obter um litro de leite? Quantos ovos valem um quilo de queijo? No entanto, não dá para viver apenas de ovos, leite e queijo. Alguém pode querer comprar maçãs, milho ou outros produtos. Além disso, será necessário cozinhar, e para isso será preciso uma panela, que é feita de metal. Portanto, as trocas foram evoluindo até que se encontrasse um item que servisse como base de cálculo para referenciar os valores das coisas: o preço.

O preço permite que se determine quantos ovos são necessários para comprar um litro de leite, um quilo de queijo ou uma maçã. Entretanto, nem sempre as pessoas querem apenas ovos ou aceitam receber um volume maior do que precisam. Foi assim que surgiram as moedas metálicas, que possuíam valor intrínseco, pois poderiam ser derretidas e transformadas em utensílios, como panelas, pratos ou joias. Esse foi o surgimento da moeda, tema que será abordado no próximo tópico.

O preço não é fixo. Para ilustrar isso, vamos a dois exemplos clássicos:

Primeiro exemplo: Imagine que você está no deserto, morrendo de sede. De repente, encontra alguém vendendo um copo d’água por mil dólares. Parece um roubo, mas, diante da sua necessidade extrema, você paga o valor. Após beber esse primeiro copo, sua sede diminui. Quando pergunta o preço do segundo copo, está disposto a pagar apenas 500 dólares. No terceiro copo, com sua sede quase saciada, talvez pague apenas um ou dois dólares. Esse exemplo mostra que o preço varia conforme a sua necessidade e a sua disposição para pagar.

Segundo exemplo: Suponha que você pretende pegar um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro e chega ao guichê quando faltam apenas cinco minutos para o embarque. A passagem custa 500 reais, mas ainda há 10 assentos vazios no avião. Se você oferecer 100 reais para o dono da companhia aérea, pode ser que ele aceite, pois é melhor receber algo do que deixar o assento vazio. Esse exemplo ilustra como o preço pode ser influenciado pelo tempo e pela disponibilidade do produto.

Esses conceitos são fundamentais para entender a formação dos preços. No passado, as moedas eram feitas de metais como ouro, prata, bronze e cobre, e seu valor era determinado pelo peso. Com o tempo, esse sistema foi normalizado, e as moedas passaram a ter um peso padrão, facilitando as trocas e o comércio.

Schivas é investidor desde 2006, sobrevivente da crise de 2008 chegando a lucrar com a correção do covid em 2020.

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DISCLAIMER: As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e educacional, reproduzidas a partir de conteúdo originalmente produzido por terceiros.
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Luiz Eduardo Correa Pinto

Assessor de Investimentos Associado na BLUE3 | XP Investimentos, com mais de duas décadas de experiência em liderança comercial e especialização no setor financeiro. Expertise consolidada em soluções de investimentos, planejamento patrimonial e sucessório para pessoas físicas e jurídicas. Sólida trajetória na Indústria de Pagamentos, incluindo POS, API, câmbio e soluções SAAS. Experiência multicultural em negociações complexas e gestão de relacionamentos estratégicos.

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