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Photo by Garvin St. Villier: https://www.pexels.com/photo/black-dodge-challenger-coupe-3311574/

Consórcio como ferramenta de alavancagem patrimonial: perspectivas e estratégias para 2025

O sistema de consórcios no Brasil alcançou marcos impressionantes em 2024, movimentando mais de R$ 342,5 bilhões e atingindo 10,93 milhões de participantes ativos. Para 2025, as projeções indicam um cenário desafiador mas promissor, com o setor caminhando para ultrapassar a marca histórica de 11 milhões de consorciados.

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Em um contexto econômico marcado por uma taxa Selic em 12,25% ao ano, com projeções de elevação até 14,25% no primeiro semestre de 2025, o consórcio emerge como uma alternativa cada vez mais atrativa para investidores que buscam estratégias inteligentes de alavancagem patrimonial. O cenário econômico para 2025 projeta um crescimento do PIB de 2,4%, com inflação esperada em 4,5%.

A relevância do tema se intensifica ao observarmos que cinco dos seis segmentos principais registraram crescimento significativo em 2024: eletroeletrônicos (35,4%), imóveis (27,8%), serviços (7,5%), veículos leves (6,4%) e motocicletas (1,1%). Estes números refletem a confiança dos investidores no sistema e sinalizam uma mudança fundamental na percepção do consórcio como instrumento de investimento.

A evolução e fundamentação do sistema de consórcios

O mercado de consórcios demonstrou resiliência notável em 2024, mesmo diante de um cenário de juros elevados. Segundo dados oficiais da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), divulgados em dezembro de 2024, o volume total de créditos comercializados atingiu R$ 342,5 bilhões, representando um crescimento de 12,3% em relação a 2023.

O segmento imobiliário se destacou como o mais expressivo, com R$ 127,8 bilhões em créditos comercializados, seguido por veículos leves com R$ 98,4 bilhões. O tíquete médio para imóveis alcançou R$ 289 mil no último trimestre de 2024, um aumento de 23,5% em comparação ao mesmo período de 2023.

Um aspecto fundamental que diferencia o consórcio de outras modalidades de crédito é a ausência de juros nas parcelas. Com a taxa Selic em 12,25% e perspectivas de elevação para 2025, esta característica torna-se ainda mais relevante. O participante paga apenas uma taxa de administração, que atualmente varia entre 12% e 20% do valor total, distribuída ao longo do plano.

Estratégias avançadas de alavancagem

Em um cenário onde a CNI projeta crescimento econômico de 2,4% para 2025, com inflação esperada em 4,5%, o consórcio emerge como uma alternativa ainda mais atrativa para aquisição de bens de alto valor. Com a taxa Selic atual em 12,25% e projeções de elevação até 14,25% no primeiro semestre de 2025, o planejamento financeiro precisa ser ainda mais criterioso.

Comparativo de Custos e Benefícios para 2025:

CaracterísticaConsórcioFinanciamento Tradicional
Entrada InicialNão exigida20-30% do valor
JurosAusentes14-15% a.a.
Prazo de PagamentoAté 240 mesesAté 420 meses
Valor das Parcelas40-50% menoresMaiores devido aos juros
FlexibilidadeAltaModerada

O mercado de consórcios demonstrou força expressiva em 2024, com crescimento de 13,2% nos primeiros sete meses do ano, atingindo R$ 201,65 bilhões em negócios. Os dados mostram uma preferência significativa por veículos leves (1,01 milhão de cotas), seguidos por motocicletas (764,26 mil) e imóveis (503,19 mil).

Gestão de riscos e planejamento estratégico

Com a perspectiva de juros elevados até o segundo semestre de 2025, quando se espera o início de um ciclo de redução, o planejamento financeiro deve considerar:

  1. Horizonte Temporal
  • Análise do ciclo econômico completo
  • Projeção de cenários considerando a taxa Selic em 14,25% até agosto de 2025
  • Estratégia de acumulação para lances considerando o ambiente de juros altos
  1. Gestão de Fluxo de Caixa
  • Capacidade de pagamento em cenário de inflação de 4,5%
  • Reserva de emergência dimensionada para o novo patamar de juros
  • Diversificação de investimentos considerando o cenário macroeconômico

O sistema de consórcios se consolida como uma alternativa estratégica para alavancagem patrimonial em 2025, especialmente considerando o atual cenário de taxa Selic em 12,25% e perspectiva de elevação para 14,25% no primeiro semestre. Com uma movimentação que superou R$ 201,65 bilhões apenas nos primeiros sete meses de 2024, o setor demonstra sua robustez mesmo em um ambiente de juros elevados.

Em um contexto onde a CNI projeta crescimento econômico de 2,4% para 2025, com inflação esperada em 4,5%, o consórcio se destaca como instrumento financeiro que permite planejamento de longo prazo sem a incidência de juros. Esta característica torna-se ainda mais relevante quando comparada às taxas praticadas em financiamentos tradicionais, que tendem a acompanhar a elevação da Selic.

O sucesso na utilização deste instrumento em 2025 dependerá fundamentalmente de um planejamento criterioso que considere o cenário macroeconômico desafiador, com foco em gestão eficiente de recursos e compreensão profunda do funcionamento do sistema. A implementação de estratégias bem estruturadas de lances, aliada a uma gestão financeira disciplinada, pode resultar em oportunidades significativas de multiplicação patrimonial, mesmo em um ambiente de juros elevados.

Fontes:

– ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) – Dados até dezembro/2024
– Banco Central do Brasil – Ata do Copom dezembro/2024
– CNI (Confederação Nacional da Indústria) – Projeções Econômicas 2025
– B3 – Relatório de Mercado dezembro/2024

DISCLAIMER: As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e educacional, elaboradas por profissional certificado como Assessor de Investimentos pela ANCORD, em conformidade com as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
O conteúdo apresentado reflete análises e opiniões fundamentadas em dados públicos e estudos de mercado, não constituindo oferta, solicitação, sugestão ou recomendação específica de investimento. Cada investidor deve realizar sua própria análise de risco e consultar seu assessor de investimentos para avaliação personalizada antes de tomar qualquer decisão.
Investimentos envolvem riscos e podem resultar em perdas patrimoniais. Rentabilidade passada não é garantia de resultados futuros. Os investidores devem estar cientes de que qualquer tipo de investimento contém riscos e não há garantia de retorno ou proteção contra perdas.
Este material não substitui o relacionamento cliente-assessor e as recomendações personalizadas que devem ser feitas considerando o perfil de risco, objetivos e situação financeira individual de cada investidor.
Para informações específicas sobre produtos de investimento, consulte seu assessor de investimentos ou a instituição financeira de sua preferência.

Luiz Eduardo Correa Pinto

Assessor de Investimentos Associado na BLUE3 | XP Investimentos, com mais de duas décadas de experiência em liderança comercial e especialização no setor financeiro. Expertise consolidada em soluções de investimentos, planejamento patrimonial e sucessório para pessoas físicas e jurídicas. Sólida trajetória na Indústria de Pagamentos, incluindo POS, API, câmbio e soluções SAAS. Experiência multicultural em negociações complexas e gestão de relacionamentos estratégicos.

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