A economia brasileira atravessa um momento peculiar. Após um expressivo crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, os indicadores apontam para uma desaceleração controlada em 2025, mas sem perder completamente o fôlego. O mercado financeiro, atento às sinalizações macroeconômicas, ajustou recentemente suas projeções. De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central em abril de 2025, a expectativa para o crescimento do PIB em 2025 foi elevada de 1,97% para 1,98%. Embora o aumento seja modesto, ele revela uma mudança na percepção dos agentes econômicos, que passaram a enxergar maior resiliência da atividade produtiva brasileira frente aos diversos desafios domésticos e internacionais.
Este cenário de desaceleração moderada não surpreende os especialistas. O crescimento robusto de 2024 foi impulsionado por uma combinação de fatores extraordinários, incluindo a recuperação pós-pandemia, o aquecimento do mercado de trabalho e os estímulos fiscais. Entretanto, a política monetária contracionista, com a taxa Selic atualmente em patamares elevados, o menor impulso fiscal previsto para este ano e as incertezas do cenário internacional configuram um ambiente menos propício para a manutenção do mesmo ritmo de expansão. Neste artigo, analiso os fatores que moldarão o desempenho econômico do Brasil em 2025 e como os investidores podem se posicionar diante deste novo contexto.